A obesidade é uma doença crônica e cujo tratamento pode ser bem desafiador. O diagnóstico, geralmente é feito pelo Índice de Massa Corpórea (IMC,) um cálculo que leva em conta o peso e altura do indivíduo, mas há outras formas de constatar o excesso de peso como cálculo da porcentagem de gordura corporal e medição da circunferência abdominal.

São muitos os fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade: genética, fatores metabólicos e estilo de vida. Nos dias atuais, com o aumento da disponibilidade e consumo de produtos industrializados, um estilo de vida cada vez mais sedentário, estresse cotidiano, redução do tempo de sono, o problema se torna cada vez mais evidente. 

E como todo problema complexo, a resposta para tratamento da obesidade não é simples. Primeiro de tudo, é necessário avaliar o indivíduo como um todo. É essencial entender o histórico médico daquele indivíduo, identificar as causas do ganho de peso,  compreender seus padrões alimentares, considerar tentativas anteriores de perda de peso, avaliar condições médicas associadas à obesidade, avaliar uso de medicamentos que possam influenciar no ganho de peso e o impacto dos relacionamentos interpessoais no tratamento da obesidade. Devemos também fazer um exame físico completo, incluindo o peso, altura e, se possível, avaliar a porcentagem de gordura corporal. Podemos também solicitar alguns exames, entender se há doenças associadas e se tem algo contribuindo para aquele ganho de peso.

Após uma avaliação minuciosa, é necessário traçar um plano de ação personalizado. E o que não pode nunca faltar é a mudança do estilo de vida. Deve-se então alinhar o que tem de mais moderno e baseado em evidência na ciência com a realidade e as necessidades individuais do paciente. Como complementação disso (e nunca sozinha), pode-se considerar o uso de diversas medicações aprovadas para tratamento da obesidade, sempre individualizando e levando em conta as características específicas do paciente, como padrões alimentares, condições médicas associadas e rotina de vida.

Por último, mas não menos importante, é preciso fazer um acompanhamento muito próximo, avaliar a eficácia do tratamento, celebrar os sucessos e oferecer suporte nos momentos de dificuldade. Reconhecer que os contratempos são parte natural do processo é essencial para garantir um apoio contínuo e eficaz ao paciente. 

Quando o peso desejado for alcançado, é crucial o acompanhamento na fase de manutenção que, muitas vezes, é a etapa ainda mais desafiadora do tratamento. O acompanhamento regular é fundamental, dado que a obesidade é uma condição crônica que requer atenção contínua ao longo da vida.